O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, iniciou na manhã desta
segunda-feira (22) uma visita a Israel, na segunda etapa da sua primeira
viagem internacional. O Air Force One aterrisou em Tel Aviv por volta
das 12h30 no horário local (6h30, de Brasília). A viagem do chefe de
estado americano começou com uma visita à Arábia Saudita, rival histórico do Irã no Oriente Médio.
“É maravilhoso estar em Israel. Estou profundamente agradecido pelo
convite e é uma honra estar aqui. Agora nós devemos trabalhar juntos
para construir um futuro onde as nações da região estejam em paz”,
afirmou Trump, logo após desembarcar. Ele elogiou o "vínculo
indestrutível" entre os Estados Unidos e seu tradicional aliado Israel.
A administração Trump, que pretende reativar um processo de paz
estagnado entre israelenses e palestinos, pede que as duas partes adotem
medidas para ajudar a restaurar um clima de confiança que favoreça o
reinício do diálogo entre os dois lados, segundo a France Presse.
Após deixar o aeroporto, Trump seguiu para Jerusalém onde participa de um encontro com o presidente israelense, Rueben Rivlin.
À tarde, Trump deve visitar o Muro dos Lamentações, local de oração
sagrado para os judeus, antes de uma reunião com o primeiro-ministro
israelense, Benjamin Netanyahu. Ele também irá se encontrar com o
presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas.
Novas medidas
O governo de Israel aprovou no domingo (21) à noite uma série de
medidas que pretendem facilitar a vida dos palestinos e favorecer sua
economia, a pedido do presidente americano, ainda de acordo com a France
Presse.
Entre as medidas aprovadas, Israel prolongou gradualmente o horário de
abertura da passagem de fronteira de Allenby Bridge (ou ponte do rei
Hussein), um ponto importante para os palestinos entre Cisjordânia e
Jordânia, com o objetivo, a longo prazo, de deixar o local aberto 24
horas os sete dias da semana, informou a AFP, citando uma fonte que não
quis se identificar. O governo israelense controla todos os acessos da
Cisjordânia, território palestino ocupado há 50 anos.
Hamas critica Trump
O movimento islâmico palestino Hamas criticou as declarações do
presidente americano, consideradas um ataque contra a "resistência"
palestina, de acordo com a France Presse.
Para o porta-voz do Hamas na Faixa de Gaza, território governado pelo
movimento islâmico desde 2007, elas "pretendem manchar a reputação da
resistência palestina".
"O verdadeiro tributo pago ao Estado Islâmico (...), à Al-Qaeda, ao
Hezbollah, ao Hamas e a tantos outros não se calcula em número de
mortos, se calcula também em gerações de sonhos quebrados", afirmou
Trump, no domingo (21) durante visita à Arábia Saudita.
Mushir Al Masri, alto dirigente do Hamas, acusou Trump de alinhamento com as políticas de Israel.
Cooperação militar com Riad
Em meio à visita de Trump a Arábia Saudita, o governo americano anunciou acordos de cooperação militar com os sauditas avaliados em US$ 110 bilhões.
Este pacote de equipamentos e serviços de defesa "apoia a segurança a
longo prazo da Arábia Saudita na região frente às ameaças dos iranianos,
enquanto reforça a habilidade do reino em contribuir para as operações
antiterroristas em toda a região, reduzindo o peso sobre os EUA".
Segundo a rede CNN, o acordo fará chegar na Arábia Saudita navios,
aviões e bombas fabricados pelos Estados Unidos. A administração Trump
lançou o acordo como uma renovação do compromisso dos EUA com a região,
embora muitas das vendas incluídas nele tenham sido aprovadas ainda pela
administração Obama.
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